Esta semana a jogadora Marta marcou um dos gols mais importantes de sua carreira e tornou-se a maior artilheira de todas as Copas, entre homens e mulheres. Um feito incrível e muito comentado.
Neste mesmo dia outra coisa fez o nome de Marta aparecer muitas vezes nas buscas e comentários pela internet: o batom que ela usava.
De um tom roxo, várias menções, positivas ou não, foram constratadas ao seu feito incrível. Mas onde que o marketing está inserido nisso para eu estar comentando? Em tudo.
Marta fez um gol que marcou sua carreira dentro e fora de campo. Seu batom fazia parte de uma ação de merchandising para a marca Avon. Ou seja, foi especialmente escolhido para este dia.
Havia a possibilidade real dela jogar e conseguir marcar este gol tão importante em sua carreira, em um evento que nunca teve tanta visibilidade quanto nesta edição.
Despertando a curiosidade

Este gráfico ilustra o volume de interesse pelo termo “batom da Marta” nos últimos 7 dias.
“Eu sempre uso (batom). Mas aí eu ousei. Não dá para colocar algo simples, fui botar algo diferente. Eu provei antes e disse ‘vou com esse aqui’. Tem tudo a ver. A cor é sangria, tem que dar o sangue, tem que estar junto, é aquele negócio. Em todos os jogos, eu vou usar.” Este foi o comentário da atleta logo após a partida na zona mista de entrevistas.
Logo após o jogo, vários canais já comentavam sobre Marta, batom e o gol. Alguns provavelmente eram mídias pagas para reforçar ainda mais o crossover entre o mundo real e digital.

O marketing atualmente tem virado cada vez mais para a direção de um “marketing de permissão” – termo cunhado pelo grande Gary Vee lá no início do milênio. As pessoas são naturalmente atraídas para a marca ao invés de terem um anúncio invadindo sua experiência, seu entretenimento absolutamente do nada.
Isso gera ruído, gera um interesse legítimo e desperta emoções na audiência. Foi um golaço com ousadia e sutileza.